quarta-feira, 26 de março de 2008

Resenha de: POR UMA ARQUITETURA VIRTUAL: UMA CRÍTICA DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS, de Ana Paula Baltazar

As possibilidades de trabalho fornecidas com a praticidade do computador como ferramenta, fizeram dele um instrumento importante desde a primeira grande conferência sobre computadores na arquitetura, na década de 60, quando ainda eram muito caros. Seu uso é discutido por Ana Paula Baltazar em POR UMA ARQUITETURA VIRTUAL: UMA CRÍTICA DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS, onde o objeto é visto como uma janela para experimentação e inovação.

A articulação em projetar foi um grande atrativo ao uso dos computadores, mas foi assim que o potencial informático foi administrado para a representação em detrimento da criação, e tornou-se popular na década de 80. Os famosos croquis tornaram-se digitais, mas de um modo tão mecânico, que o virtual e o digital foram confundidos.

Baseada nos argumentos de Pierre Lévy e outros, a autora apresenta digital e virtual como adjetivos distintos que nomeiam características como a do projeto real transcrito e a da imaginação de eventos respectivamente. Assim, vemos que a arquitetura ainda se distancia do universo virtual, que conferiria adaptações segundo o uso evidenciando o papel do evento no projeto virtual. Deste ponto, o texto sugere a idéia de espaços-eventos.

Penso que os espaços-eventos são o princípio de uma revolução arquitetônica, pois estabelecerão relações entre usuários e o próprio projeto. Haverá troca de influências entre usuários e obras, e não apenas a imposição do ambiente delimitado e organizado para a execução de ações previsíveis.

Baltazar cita o que chama de primórdio dessa realidade através de Lygia Clark em Máscaras com Espelhos, e a compara a Ivan Sutherland, que idealizou o capacete (helmetset), considerando que a primeira aborda a realidade virtual de modo mais abrangente; sua obra se completa na interação do espectador, e o autor passa a plano secundário.

O Familistério do industrial Juan Bautista Godin, 1870 também é citado por Ana Paula como um exemplo feliz da participação da intenção virtual em um projeto. Segundo idéias de Foucault e análises deste texto, o objetivo final da construção só seria alcançado a partir de elementos imateriais, pois envolve questões humanísticas que a arquitetura enquanto concreta ou digital não pode prever.

Todas as considerações expostas se resumem em um ponto-chave em que o virtual e o digital se encontram sem rupturas, e a máquina é considerada facilitadora do processo de criação. E é por esse ângulo que Ana Paula Baltazar desenvolve seus projetos hoje na Escola de Arquitetura da UFMG. Aqui, as disciplinas de Plástica e Expressão Gráfica e Informática Aplicada compartilham das mesmas percepções, induzindo-nos, como alunos, a buscar visões críticas sobre o potencial dos mecanismos presentes no desenvolvimento da arquitetura.

Mapeamento de apropriação de espaços públicos em BH

Esta foto foi tirada na Avenida Amazonas por volta das 7:00hs da manhã de hoje pela janela do ônibus. Na busca por exemplos de apropriação de espaços públicos em BH, registrei vários flagrantes, mas nenhum tão curioso quanto este, que se passa em frente à Galeria da Pça 7, onde o canteiro central da Amazonas é utilizado como estacionamento de motos e, agora, como guarda-volumes, já que esta árvore passou a servir de suporte para capacetes amarrados a ela por fios. Os passageiros do ônibus comentavam entre si a atitude do rapaz quando comecei a fotografar. E soube que o ato é corriqueiro e que os capacetes não são violados em virtude da quantidade de motoqueiros que freqüenta o local e que cooperam entre si na conservação das motos. A imagem foi trabalhada em photoshop para mapear a apropriação. Assim, busquei ressaltar a atidude particular, típica de ambientes restritos, em um plano superior, destacado e à parte do cotidiano comum do espaço coletivo demonstrado ao fundo da foto.

domingo, 23 de março de 2008

segunda-feira, 17 de março de 2008

MAPAEAMENTO DE FOTOS DA PERFORMACE

A sensação da clausura foi a essência dessa produção. A performace aconteceu no depósito de lixo atrás da escada do primeiro andar à direirta dos elevadores. A ocupação do espaço e a coordenação dos movimentos de 4 integrantes deste grupo em um cubículo, foi o desafio corporal que lançamos a essa interação com o meio físico, questionando as formas reais de ocupação dos espaços ditos habitáveis.

terça-feira, 11 de março de 2008

Resenha O Ensino de Desenho nas Escolas de Arquitetura e a Influência do Computador, de Alexandre Monteiro de Menezes

O Ensino de Desenho nas Escolas de Arquitetura e a Influência do Computador, de Alexandre Monteiro de Menezes, aborda a problemática do ensino de Desenho que não tem acompanhado o movimento moderno da arquitetura, sobretudo não explorando as novas mídias e softwares em todo o seu potencial criativo. As citações de Passaglia fazem-nos perceber que, além da inapropriada didática apresentada, o núcleo difusor do uso informático condena-se em deficiência abstracionista, ou seja, não transcende o objeto utilizado bloqueando sua utilização de forma que pudesse acompanhar os últimos acontecimentos de renovação: a criação em detrimento da cópia. O texto tem como foco a falha geral na orientação acadêmica que implementa o uso dos computadores em suas disciplinas limitando-os a ferramentas de desenho – como fora a prancheta. A mecanização do processo de adesão à informática atrofia a criatividade em busca da rapidez da produção. Alexandre de Menezes considera que a importância da representação técnica tornou-se enormemente desproporcional ao processo de concepção nos escritórios de arquitetura. Os prejuízos, segundo Cabral Filho, são revertidos em trabalhos pedantes sem horizontes para a própria classe. Sobre as disciplinas de desenho e o ensino da informática, é citado que os princípios teóricos têm grande importância, mas Alexandre dá a entender que o ensino na prancheta perde seu potencial e poderia ser excluído. Com essa idéia discordo plenamente: se o corpo discente de uma instituição é mesmo tão influenciado pelo mercado de trabalho a ponto de implorar por aulas de CAD, por exemplo, e se esquecer de fontes alternativas, o fato de não exigir o desenvolvimento básico da técnica seria fadar essa instituição à robotização, pois excluiria a atenção ao detalhe que desenhistas manuais desenvolvem, excluiria o ponto de partida para o desenvolvimento de outros softwares e ainda incitaria a infeliz preguiça de raciocinar espacialmente sobre as formas em virtude da praticidade de se obter os cortes e vistas a um clique. A Escola de Arquitetura da UFMG assemelha-se ao modelo de Alexandre que formaria uma “consciência crítica nos alunos”, pois a disciplina de informática apresenta uma “noção global dos diversos softwares”. Além disso, aqui usufruímos da informática interdisciplinarmente, somos orientados e não moldados, o que apesar de causar muito impacto e receio, permite-nos a descoberta dos próprios talentos (e inaptidões). Em seu estudo, o autor discute a elitização do instrumento de trabalho e a resistência cultural pela sua adesão – Esse aspecto é tratado em termos óbvios, mas não menos importantes, afinal não é tão comum quem se arrisque em experimentações tecnológicas no Brasil. E o risco caracteriza ponto-chave na discussão quando Alexandre declara abertamente o motivo de não decolarmos: subutilizamos as novidades, temos medo de lançar mão e investir em novos métodos em detrimento dos antigos, resumindo: Não se faz bem nem uma coisa nem outra. Arrematando, Alexandre de Menezes elabora o atual desafio das escolas de arquitetura, sendo que a partir daí percebe-se que há muito trabalho a fazer, pois o seu sucesso depende da experimentação.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Word - Niemeyer

Frase de Niemeyer. Para ralizar este trabalho minha principal fonte de consulta foi o endereço www.niemeyer.org.br. Além de sua biografia, o link "idéias" revela traços da personalidade do arquiteto.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Primeira edição de imagem (mapa livre)

Esta é a primeira imagem que edito no Photoshop e também a primeira atividade do semestre em Plástica e Expressão Gráfica. Foi bem mais fácil discutir novos termos e conceitos relacionados à atividade do que lidar como o software, portanto estou contente: basta trabalhar bastante e melhorar minha interação com ele. Apesar disso, obtive bons resultados com a imagem. Ela estava muito turva inicialmente e trata-se de uma montagem de duas metades do mapa que produzi, portanto a imagem original obtida apresentava duas tonalidades de fundo.