No link abaixo encontram-se mais informações sobre a visita feita pela turma de Arquitetura do 1° semestre 2008 UFMG.
domingo, 25 de maio de 2008
INHOTIM
Visita ao espaço OI FUTURO
Exposição Gringo Cardia de Todas as Tribos
Registro de reforma da SALA DE PLÁSTICA
segunda-feira, 7 de abril de 2008
FOA
quarta-feira, 26 de março de 2008
Resenha de: POR UMA ARQUITETURA VIRTUAL: UMA CRÍTICA DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS, de Ana Paula Baltazar
A articulação em projetar foi um grande atrativo ao uso dos computadores, mas foi assim que o potencial informático foi administrado para a representação em detrimento da criação, e tornou-se popular na década de 80. Os famosos croquis tornaram-se digitais, mas de um modo tão mecânico, que o virtual e o digital foram confundidos.
Baseada nos argumentos de Pierre Lévy e outros, a autora apresenta digital e virtual como adjetivos distintos que nomeiam características como a do projeto real transcrito e a da imaginação de eventos respectivamente. Assim, vemos que a arquitetura ainda se distancia do universo virtual, que conferiria adaptações segundo o uso evidenciando o papel do evento no projeto virtual. Deste ponto, o texto sugere a idéia de espaços-eventos.
Penso que os espaços-eventos são o princípio de uma revolução arquitetônica, pois estabelecerão relações entre usuários e o próprio projeto. Haverá troca de influências entre usuários e obras, e não apenas a imposição do ambiente delimitado e organizado para a execução de ações previsíveis.
Baltazar cita o que chama de primórdio dessa realidade através de Lygia Clark em Máscaras com Espelhos, e a compara a Ivan Sutherland, que idealizou o capacete (helmetset), considerando que a primeira aborda a realidade virtual de modo mais abrangente; sua obra se completa na interação do espectador, e o autor passa a plano secundário.
O Familistério do industrial Juan Bautista Godin, 1870 também é citado por Ana Paula como um exemplo feliz da participação da intenção virtual em um projeto. Segundo idéias de Foucault e análises deste texto, o objetivo final da construção só seria alcançado a partir de elementos imateriais, pois envolve questões humanísticas que a arquitetura enquanto concreta ou digital não pode prever.
Todas as considerações expostas se resumem em um ponto-chave em que o virtual e o digital se encontram sem rupturas, e a máquina é considerada facilitadora do processo de criação. E é por esse ângulo que Ana Paula Baltazar desenvolve seus projetos hoje na Escola de Arquitetura da UFMG. Aqui, as disciplinas de Plástica e Expressão Gráfica e Informática Aplicada compartilham das mesmas percepções, induzindo-nos, como alunos, a buscar visões críticas sobre o potencial dos mecanismos presentes no desenvolvimento da arquitetura.